Você no Trânsito - Criança

Elas são habituais companheiras de viagem no veículo pelo menos duas vezes por dia. São transportadas da casa para a escola, da escola para a casa, para o dentista, médico, natação, compras e outros programas, fora os passeios nos finais de semana e as viagens com a família.

Os dispositivos de segurança para o transporte de crianças não são muito conhecidos, mas eles existem e com características adequadas a diversas fases do crescimento, do nascimento até a pré-puberdade.

Segundo o Ministério da Saúde cerca de 10 mil crianças e adolescentes entre zero e 14 anos ficam com sequelas e outras 2.500 morrem anualmente no Brasil, vítimas dos acidentes no trânsito. Isto pode ser evitado com atitudes diárias de prevenção.

No trânsito é preciso levar em conta as limitações e necessidades das crianças no planejamento e operação da educação para o trânsito.

Enquanto pedestres, as crianças:

  • são menores que os adultos e não têm visão por cima dos veículos, tampouco são vistas atrás deles, de arbustos ou qualquer outro ponto cego de visão. Seu ângulo visual é mais fechado que o do adulto, olham primeiro para os detalhes, um de cada vez, e somente depois disso elas olham o conjunto, ao contrário portanto do adulto;
  • não vem a longas distâncias com a rapidez do adulto, tendo dificuldade em conseqüência disso de avaliar simultaneamente os movimentos de todos os usuários do trânsito;
  • não conseguem seguir com os seus olhos objetos em movimento tão bem como os adultos, e por isso não tem condições de avaliar a distância e a velocidade de um veículo em aproximação com a eficiência de um adulto;
  • não localizam sons tão bem quanto um adulto, esquecem o que aprenderam se alguma coisa interessante acontece, concentrando-se naquilo que a atrai e não prestando atenção a nada mais;
  • até doze anos de idade têm dificuldade de entender a terminologia usada na educação para o trânsito, portanto, precisamos utilizar palavras simples e diretas, ensinando-as de maneira concreta, ou seja, fazer os trajetos de ida e volta com elas apontando para as situações de perigo;
  • não conseguem interpretar a sinalização de trânsito corretamente, por ser na maioria das vezes abstrata. Devemos orientá-la explicando que quando a luz vermelha está acesa os condutores do sentido da sinalização devem parar, portanto os pedestres neste sentido podem atravessar a via, quando a luz estiver verde é para os condutores no sentido da luz seguirem em frente, e a amarela, os pedestres devem ficar parados aguardando o momento da travessia;
  • não conseguem acompanhar a interação dos veículos em trânsito e fazer a necessária análise, não conseguem transformar a educação teórica em ações práticas;
  • não distinguem com segurança a direita da esquerda no sentido amplo do conceito, até atingirem aproximadamente 12 anos de idade.

Andar em veículo sem proteção é o grande fator de risco para morte e lesões em crianças.

O Movimento

O corpo quando em movimento, está exposto às forças das leis da física, quando aceleramos ou desaceleramos o veículo, nosso corpo tende a ficar no estado de movimento que estava, isto é a inércia.

O Impacto

Qualquer impacto provoca desaceleração brusca e tudo que estiver solto dentro do veículo, inclusive seus ocupantes e seus órgaos continuarão com a velocidade anterior, sendo projetado para o sentido do impacto, indo chocar-se contra o que estiver na sua frente (painel, vidros, volante, bancos, outros ocupantes).

O Corpo Humano

O segundo fator importante é a fragilidade maior do corpo da criança, em relação ao do adulto. Por ter tamanho menor e estruturas mais frágeis, a criança sofre as conseqüências de um acidente com mais intensidade e, portanto, maior gravidade.

A região mais vulnerável na criança é a cabeça, que é relativamente maior em proporção aos demais membros do corpo. Movimentos bruscos e intensos da cabeça e do pescoço (semelhante aos produzidos pelo badalo de um sino ao contrário) para frente e para trás, podem provocar graves lesões nestas estruturas com maior freqüência do que no adulto.

Dispositivo de Segurança para as Crianças

Utilizar de maneira correta o cinto de segurança e a cadeirinha, que são dispositivos que mantém o passageiro preso ao banco do automóvel é a melhor forma de proteção num acidente, pois evitam que ferimentos graves aconteçam.

Isto explica porque devemos tomar o cuidado com o pescoço após os acidentes, imobilizando-o adequadamente.

Tipos de dispositivos de retenção

Existem três tipos de sistema.

  • Básico de 05 pontos: tem cintos transversais, subabdominal e entrepernas. Estes cinco pontos de fixação oferecem uma excelente proteção à criança se ajustando sobre os ossos de seu quadril. Pode ser ajustado confortavelmente tanto em bebês muito pequenos quanto em crianças maiores. Contudo, as tiras podem se torcer e dar nós, por isso devem ser mantidas esticadas para máxima proteção;
  • Amparo frontal em forma de T: os cintos dos ombros do sistema estão presos ao amparo frontal, que diminui a possibilidade de que os cintos dos ombros se torçam. O sistema pode ser afivelado rapidamente com uma mão e alguns têm tiras que se ajustam automaticamente de maneira a se acomodar de forma apropriada;
  • Amparo frontal em forma de bandeja: os cintos dos ombros do sistema estão presos a um amparo estofado e largo que se levanta. Alguns tipos de amparos frontais podem não passar pela cabeça da criança a não ser que as tiras sejam ajustadas todas as vezes, dando a impressão errônea de que a criança já é grande para este tipo de cadeira. Alguns carros podem ter o teto baixo demais para que se possa levantar o amparo frontal completamente.

Diferença entre as normas de certificação

Cadeiras americanas

  • Normas Federais e selo de certificação;
  • Tipos: Bebê Conforto, Conversível, combinação de Cadeira e Suporte e Suporte (Booster);
  • Bebê conforto: usar alça para baixo;
  • A maioria pode ser usada com todos os tipos de cintos;
  • Precisa de um clipe de segurança para prender o cinto do carro, se este não for retrátil ou abdominal com trava;
  • Tem clipe peitoral. Usado na altura da axila;
  • De costas para o movimento: tiras na altura do ombro ou vestindo; folga de apenas um dedo entre as tiras e a criança; até 9 kg ou 1 ano; o pescoço do bebê deve ser observado para regular a inclinação (nivelador);
  • De frente para o movimento: tiras na altura dos ombros ou acima; folga de apenas um dedo entre as tiras e a criança; cadeiras conversíveis – usar as tiras nas fendas superiores que são reforçadas; conversível até 18 kg; combinação cadeira/suporte – até 18 kg com o sistema de retenção da cadeira, e de 19 a 36 kg com o cinto do carro.

Cadeiras européias

  • Normas ERE 4403 e selo de certificação;
  • Tipos: Bebê Conforto, Conversível, combinação de Cadeira e Suporte e Suporte (Booster);
  • Bebê conforto: não tem base. Usar alça para cima;
  • A maioria só pode ser usada com cinto de três pontos, principalmente de costas para o movimento;
  • Tem um clipe de segurança nela mesma (Cadeira Chicco) para prender o cinto do carro, ou uma amarração (Cadeira Graco);
  • De costas para o movimento: tiras na altura do ombro ou vestindo; folga de apenas um dedo entre as tiras e a criança; dependendo da cadeira -até 9 kg, 10 kg ou 13 kg; o pescoço do bebê deve ser observado para regular a inclinação (nivelador);
  • De frente para o movimento: tiras na altura dos ombros ou acima; folga de apenas um dedo entre as tiras e a criança; conversível até 18 kg; combinação cadeira/suporte – até 18 kg com o sistema de retenção da cadeira, e de 19 a 36 kg com o cinto do carro.

Cadeiras brasileiras

Seguem os padrões da norma européia.

As principais são:

1.COSCO

  • Bebê Conforto com base (Bebê Conforto) - para crianças até 9 kg;
  • Assento sem braço gof (Cadeira) - para crianças de 9 a 18 kg.

2. BURIGOTTO

  • Allegra (Bebê Conforto) - para crianças até 10 kg;
  • Super Matrix (Cadeira Conversível) - para crianças até 25 kg;
  • Bebê Conforto Synthesis (Bebê Conforto) - para crianças até 13 kg;
  • Zenith (Cadeira) - para crianças de 9 a 18 kg;
  • Poltrona Quasar sem encosto (Assento) - para crianças de 15 a 36 kg.

3. GALZERANO

  • Orion (Cadeira Conversível) - para crianças até 25 kg;
  • Challenger (Cadeira Conversível) - para crianças até 18 kg;
  • Iseos (Cadeira Conversível) - para crianças até 18 kg.

4. Nania

  • StarWay (Cadeira Conversível) - para crianças até 18 kg.

5. Peg Perego

  • Bebê Conforto (Bebê Conforto) - para crianças até 13 kg;
  • Primo Viaggio com base (Bebê Conforto) - para crianças até 13 kg.

6. NextWay

  • Assento Nextway (Cadeira e Assento) - para crianças de 9 a 36 kg;
  • Assento Nextway (Assento) - para crianças de 22 a 36 kg.
  •  

Erros mais comuns quando do uso das cadeirinhas

  • Usar uma cadeira inapropriada para a idade e tamanho da criança;
  • Colocar algo entre a criança e a cadeira;
  • Usar almofada de encosto para a cabeça;
  • Tipos de cintos de segurança inadequados;
  • Colocar uma criança menor de 1 ano de idade ou com menos de 09 kg em uma cadeira de segurança voltada para o vidro da frente;
  • Não instalar a cadeirinha bem presa ao banco do carro, e não colocar a criança corretamente na cadeira de segurança;
  • Instalar a cadeirinha no banco da frente;
  • Muitas colisões acontecem perto de casa quando o uso das proteções é esquecido ou subestimado. A maioria também ocorre em ruas com baixos limites de velocidade;
  • Muitas crianças que estão sentadas em cadeirinhas de segurança ou sem proteção no banco dianteiro do veículo, são seriamente machucadas pelo “air bag” de passageiro que é ativado no momento do acidente;
  • A bebida alcoólica é responsável pela maioria das colisões. De acordo com um estudo americano, aproximadamente 65% das crianças mortas em acidentes relacionados com álcool eram passageiras de motoristas bêbados;
  • Áreas rurais têm maior taxa de acidentes e mortes por veículos. Colisões nessas áreas tendem a ser mais graves.

A segurança

  • O local mais seguro dentro de um veículo é o centro do banco traseiro;
  • O cinto será tanto mais seguro quanto em mais pontos ele se fixar;
  • Os de três pontos, ou mais são os melhores;
  • Os sub-abdominais ou os diagonais oferecem proteção, porém apresentam mais riscos e problemas;
  • Sempre usar cinto de segurança mesmo o mais simples;
  • É melhor do que ser projetado contra obstáculos, pois o risco é muito maior;
  • O embarque e desembarque da criança deverão ser feitos sempre pelo lado da calçada.

Recomendações para conduzir criança no carro

  • Usar travas bloqueando a abertura interna das portas traseiras;
  • Nunca carregue crianças no colo;
  • Nunca colocar mais de uma criança em um único cinto;
  • Os vidros traseiros devem estar abaixados (travados) apenas o suficiente para permitir a ventilação. Não permita nunca que as crianças ponham as mãos, braços ou a cabeça para fora;
  • Algumas crianças sofrem facilmente de enjôo, especialmente em caminhos que tem muitas curvas, portanto evite alimentos de digestão difícil antes de sair;
  • Tenha sempre biscoitos, frutas, água e sucos para oferecer às crianças, quando viajar. Use sempre embalagens plásticas, evitando vidros e metais;
  • Nunca dirija com uma criança no colo. É um risco inconcebível;
  • Se estiver com crianças no carro, redobre a atenção ao ser fechada a porta. Muitas vezes as crianças deixam os pés e as mãos do lado de fora, sofrendo acidentes;
  • Não usar cinto de adulto em crianças pequenas.

Escolhendo a melhor cadeirinha

Teste a cadeirinha que você escolheu. Leia as instruções do fabricante, mantendo-as no seu veículo. Coloque a criança na cadeirinha e ajuste as alças e fivelas do cinto antes de sair. Leia o manual do proprietário do veículo, procurando por recomendações específicas.

O cinto de três pontos retém a criança na cadeirinha e o cinto do automóvel mantém a cadeirinha afixada ao banco. Se os dois não estiverem adaptados corretamente, a cadeirinha pode não proteger a criança.

Atenção:

  • Verifique se o equipamento possui selo de certificação obedecendo aos padrões de segurança brasileiro (INMETRO), europeu, ou americano;
  • Leia o manual de instrução da cadeira de segurança e do veículo cuidadosamente para uma instalação correta;
  • Nunca acomode uma criança no banco da frente de um carro;
  • Prenda firmemente a cadeirinha ou suporte de segurança no cinto e tenha certeza de que ele esteja passando no local adequado/correto da cadeirinha. A cadeirinha não deve mover-se mais que 2 cm de um lado para o outro;
  • Ajuste as tiras da cadeirinha de segurança ao tamanho da criança, com folga de um dedo entre o corpo dela e a tira;
  • Cadeiras de segurança quando instaladas e usadas corretamente, diminuem os riscos de morte até 71%. Elas também reduzem em 69% a necessidade de hospitalização de crianças até 4 anos.
  • Muitas colisões acontecem perto de casa. A maioria ocorre em ruas com baixos limites de velocidade.

Bebê conforto

Enquanto a criança não conseguir sentar-se e manter o equilíbrio da cabeça deve ser usado assento tipo concha instalado no sentido inverso ao da posição normal do banco do veículo, o que evita que a cabeça da criança seja submetida a movimentos violentos em caso de freadas e colisões.

Com anatomia especial para que o corpo do bebê não sofra o impacto de freadas ou mesmo de turbulências ocasionadas pelos buracos do asfalto. Quanto à frágil ossatura e musculatura do pescoço, essas cadeiras estão equipadas com um acessório que firma o pescoço do bebê, neutralizando estes efeitos.

O bebê deve ficar acomodado na cadeirinha, com roupas que permitam que o cinto passe entre as pernas. Ajustar as alças do cinto, adaptando-as à espessura de sua roupa. Se possível, um acompanhante deve ficar no banco traseiro, ao lado do bebê.

Deve ser usada desde o nascimento até a criança pesar aproximadamente 8 Kg.

Cadeirinha fixa

É usada à partir do momento que a criança já possui pleno controle pescoço–cabeça e até os quatro anos de idade (aproximadamente 18Kg).

Nesta fase a cadeirinha deve ser instalada de frente para o painel, mantendo a posição central no banco traseiro.

Importante: Não basta apenas instalar a cadeirinha, saiba utilizá-la.

Regras básicas

  • A cadeirinha deverá ser bem fixada, presa ao banco pelo cinto de segurança do veículo. Após fixá-la, puxe-a com força para testar sua efetiva fixação;
  • Faça revisões periódicas para verificar afrouxamento ou desconexão do equipamento;
  • Os assentos de segurança já vêm equipados com cintos para o passageiro. Observe o tamanho da criança e o seu ajuste confortável e seguro ao cinto e assento. A cadeirinha fica pequena quando a nuca da criança ultrapassa seu encosto. Quando a criança adormece, o controle da musculatura do pescoço relaxa e a cabeça fica mais relaxada, por isso redobre sua atenção;
  • Bebês até 1 ano de idade que pesem até 9 Kg devem ocupar cadeirinhas de segurança colocadas de costas para o movimento do tráfego.
  • Crianças maiores de 1 ano que pesem entre 9 a 18 Kg devem ocupar cadeirinhas de segurança de frente para o movimento do tráfego.
  • Crianças entre 18 e 36 Kg devem usar suporte de segurança, mas ainda não possuem tamanho suficiente para utilizarem somente o cinto. O suporte de segurança eleva a criança, de forma que o cinto de segurança do veículo ajuste-se corretamente à criança, ou seja, deve manter-se na articulação do quadril, passando confortavelmente pelo ombro.
  • A maioria das crianças que pesam mais de 36Kg e com idade a partir de 10 anos, pode usar cinto de segurança de 3 pontos, sem suporte de segurança. Ela deve ter altura suficiente para sentar-se e dobrar os joelhos no bordo do assento, sem deslizar e encostar os pés no chão

Banquinho auxiliar “Booster”

Indicado nas situações onde a cadeirinha tornou-se pequena para a criança devido ao seu crescimento mas, ainda não alcançou altura suficiente para utilizar o cinto de segurança do automóvel.

São especialmente projetados para se ajustar ao banco traseiro so automóvel, permitindo que o cinto de segurança fique colocado na posição correta, protegendo desta maneira a parte superior do tronco e a cabeça.

O “Booster” deve ser colocado sempre no banco traseiro, posição que promove proteção do pescoço e cabeça da criança. O cinto de segurança do automóvel, ideal para esta posição é o de três pontos.

Não substitua este banquinho por almofadas, pois, numa desaceleração brusca, elas podem escorregar e o corpo da criança descer ou deslocar-se, havendo a possibilidade de o cinto dirigir-se para o pescoço provocando estrangulamento e/ou traumas torácicos e abdominais.

Há perigo de deslizamento ou flexão do tronco com graves lesões quando a criança não está devidamente fixada ao assento.

NBR 14400 – ABNT

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (NOS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazem parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Esta Norma estabelece os requisitos de segurança para projeto, construção e instalação de dispositivos de retenção para crianças em veículos rodoviários com três ou mais rodas, com o objetivo de reduzir os riscos de lesões corporais em casos de colisão do veículo.

Os dispositivos de retenção para crianças são destinados a serem instalados sobre os bancos dianteiros ou traseiros, e retidos através dos cintos de segurança originais do veículo e, se necessário com o uso de extensões ou adaptadores.

De acordo com essa norma, um dispositivo de retenção para crianças é um conjunto de elementos contendo uma combinação de tiras com fecho de travamento, dispositivo de ajuste, partes de fixação e, em certos casos, dispositivos como um berço portátil porta-bebê, uma cadeirinha auxiliar e/ou uma proteção antichoque, que devem ser fixados ao veículo. Estes dispositivos são projetados para reduzir o risco do usuário em caso de colisão ou de desaceleração repentina do veículo, limitando o deslocamento do corpo da criança.

Esta norma também determina os requisitos aplicáveis ao dispositivo de retenção – resistência à corrosão; absorção de energia; capotamento; projeto do fecho; dispositivo de ajuste; retrator; tiras e dispositivo de travamento – no seu conjunto e os métodos de ensaio para determinar se estão dentro dos padrões especificados ao longo da norma.

Finalmente é ela que estabelece as informações que o dispositivo deve possuir – instruções de instalação e de utilização.

A criança como pedestre

Como pedestre a criança nunca deverá estar desacompanhada.

Criança sozinha corre perigo: somente quando ela tiver noção clara dos riscos poderá locomover-se por conta própria desacompanhada.

  1. Crianças menores de 12 anos devem sempre atravessar a rua acompanhada de um adulto, seguras pelo pulso;
  2. Mesmo na faixa de travessia de pedestre, devemos olhar várias vezes para todos os lados e só depois de ter certeza da segurança, atravessar a rua em linha reta, com os passos rápidos e firmes sem correr;
  3. Quando não houver faixa de travessia de pedestres ou semáforo, devemos procurar uma passarela, esquina ou o local mais seguro para atravessar a rua, longe dos pontos cegos de visão;
  4. Devemos fazer contato visual com os condutores antes de atravessar as ruas;
  5. Sempre caminhar na calçada e quando elas não existirem, caminhar no sentido contrário dos condutores junto ao bordo da pista, e quando em grupo, formar fila indiana. Brincadeiras só em áreas seguras, como parques e jardins e jamais correr em direção a rua atrás de bolas e pipas;
  6. Quando caminhamos em estradas ou rodovias, devemos andar no sentido contrário dos veículos, para vermos e sermos vistos;
  7. Antes de desembarcar do ônibus devemos esperar que o condutor pare totalmente o veículo e após o desembarque, se precisarmos atravessar a rua devemos nos dirigir ao cruzamento, caso esteja muito longe do ponto, espere o condutor sair, olhe para todos os lados certificando-se da sua segurança e só então atravesse, em linha reta com os passos rápidos e firmes, sem correr;
  8. Nunca devemos atravessar a rua na frente ou atrás de ônibus, carros, árvores e postes, ou qualquer outro objeto que impeça que os condutores nos vejam;
  9. Quando chove e à noite devemos usar roupas claras, de preferência refletivas para que os condutores nos vejam.

Criança como condutora (bicicleta, carro de mão, carroça)

Ensinar leis de trânsito, o perigo do impacto quando a velocidade, o controle do veículo e também do animal quando for carroça, medidas imediatas em caso de acidente e noções de como pedir socorro.

Explicar que há riscos em qualquer veículo se não estivermos sempre atentos e não obedecermos as regras de circulação.

Os equipamentos de segurança são de uso obrigatório (capacetes, protetores para joelhos, roupas refletivas e cotovelos) manter o veículo em boas condições (freios, pneus, etc.) colocar fitas retrorefletoras e campainha.

Condução de criança em Transporte Escolar

É muito importante verificar se o motorista e o veículo possuem credenciamento junto aos órgãos competentes, pois esta é a garantia de que as normas de segurança estão sendo atendidas.

O veículo utilizado para o transporte escolar, deverá ter os equipamentos de segurança adequados as crianças que estão sendo transportadas.

Cada criança deverá usar o seu próprio cinto, não poderá ser acomodada no banco da frente e de forma alguma devem ser colocadas duas ou mais crianças em um único cinto de segurança.

Lembre-se

O código de Trânsito Brasileiro (CTB) impõe ações preventivas, tentando evitar desastres e os traumatismos decorrentes do transporte inadequado.

O CTB determina como o transporte deve ser feito:

Crianças com idade inferior a 10 anos devem ser transportadas nos bancos traseiros (art. 64) e usar individualmente o cinto de segurança ou sistema de retenção equivalente (resolução nº 15, Art. 1º).

1º. Excepcionalmente, nos veículos dotados exclusivamente de banco dianteiro o transporte de menores de 10 anos poderá ser realizado neste banco, observadas rigorosamente as normas de segurança objeto do capítulo deste artigo.

2º. Na hipótese do transporte de menores de 10 anos exceder a capacidade de lotação do banco traseiro, será admitido o transporte daquele de maior estatura no banco dianteiro, observadas as demais disposições desta resolução.