Drogas - Álcool

Dirigir alcoolizado resulta em multa de R$ 2.934,70, suspensão do direito de dirigir e é considerada infração gravíssima


Droga psicotrópica degeneradora do Sistema Nervoso Central, que são as células nervosas.

Cada tipo desta bebida possui quantidades maiores ou menores de moléculas de álcool, isto varia de acordo com o processo de fabricação e tipo da bebida. São produzidas por processos de fermentação ou destilação, exemplos de fermentadas: cerveja, vinho, saquê, etc. De destiladas: uísque, pinga, vodka, etc.

Os efeitos em nosso organismo variam de acordo com o teor alcoólico (quantidade desta molécula na bebida), metabolismo individual, como a consumimos, predisposições individuais, etc.

O álcool degenera vários tecidos do nosso corpo, o primeiro deles são nossas células nervosas, por isto que é classificado como droga depressora, por degenerar o Sistema Nervoso Central.

Como vimos anteriormente a molécula de álcool é a mesma em qualquer bebida alcoólica, não interessa qual o processo da fabricação, quando e como a ingerimos, cada um de nós tem uma resposta fisiológica (como o organismo vivo funciona) e psíquica diferente de outra pessoa, mesmo que ela tenha o mesmo peso e outros aspectos semelhantes aos nossos.

Via de regra nos primeiros momentos após a ingestão ocorre euforia, desibinição, descontrole do humor (não controlar as emoções e as manifestações dela), etc. Em maiores quantidades: mal-estar e suas manifestações, comprometimento negativo da coordenação motora e fala, confusão mental e psíquica, alteração e até mesmo perda do juízo crítico para avaliar situações, retardamento ou perda dos potenciais sensitivos e perceptivos (tanto físicos quanto psíquicos) diminuindo e até impedindo as reações, alteração do humor para a euforia ou depressão seguidos por comportamentos violentos ou apáticos. Alucinações visuais, táteis e/ou auditivas, comprometimento negativo da sexualidade, descontrole dos esfincteres, etc. Desencadeia dependência (doença crônica incurável) e, em grandes quantidades: coma, morte.

O uso constante desencadeia um comprometimento psíquico peculiar em todo usuário de droga, que é negar para os outros e para si mesmo que a usa, sente necessidade dela e mesmo vivendo e sofrendo as complicações e perdas físicas, psíquicas e sociais não consegue reconhecê-las como derivadas do uso desta substância, perde a importância de sí próprio e dos outros pois a vida perde o valor, rejeição total de ajuda. As outras pessoas entendem isto como se o usuário da droga está mentindo, o que na realidade não é.

Podemos entender que sob estes sintomas, conduzir veículos e ser pedestre não é seguro, pois nos colocamos em situações em que causamos acidentes ou deles somos vítimas.

Na maioria das pessoas o uso contínuo desencadeia intoxicação, dependência, doenças, degeneração de órgãos, neurônios, etc.

O uso durante a gestação induz o aborto, deficiências no feto, predisposição a esta dependência na vida futura da criança, etc.

É comum existirem alertas para não conduzir um veículo sob o efeitos destas bebidas, mas não devemos esquecer que pedestres e condutores de veículos não automotores, sob o efeito desta droga também comprometem a segurança própria e das outras pessoas nas vias públicas.

Apresentamos a seguir uma tabela que apresenta quantidades desta molécula em decigramas, que quando em nosso organismo gera efeitos colaterais.

Alerta:

Esclarecemos que existem publicações com hipóteses sem fundamento científico, especulando que tal dose de determinada bebida gera tal dosagem alcoólica no organismo. Isto é um erro grosseiro e fere a cultura popular.


Estágios da Intoxicação Alcoólica:

Concentração de álcool no sangue (dg/l)* Estágio Sintomas Clínicos.
1 - 5 Subclinico Comportamento aproximadamente normal.
3 - 12 Euforia Leve euforia, sociabilidade, desinibição. Aumento da auto-confiança. Diminuição da atenção, da capacidade de julgamento e do controle. Comprometimento da atividade motora.
9 - 25 Excitação Instabilidade emocional, perda da capacidade de julgamento crítico. Diminuição da percepção, memória e compreensão. Tempo de reação aumentado. Acuidade visual reduzida. Falta de coordenação motora e Tontura.
18 - 30 Confusão Desorientação, confusão mental, sonolência. Estados emocionais exagerados. Distúrbios de visão e de percepção de cor, forma, movimento e dimensões. Aumento do limiar da cor. Aumento da falta de coordenação muscular. Fala arrastada, andar cambaleante. Apatia e letargia.
25 - 40 Estupor Inércia geral, perda de funções motoras. Diminuição acentuada da resposta a estímulos externos. Marcante falta de coordenação muscular, inabilidade em andar ou permanecer em pé. Vômitos e incontinência. Diminuição da consciência, sono ou estupor.
35 - 50 Coma Inconsciência completa. Reflexos diminuídos ou abolidos. Baixa temperatura corporal. Incontinência. Comprometimento da circulação e da respiração. Possível morte.
Acima de 45 Morte Morte por parada respiratória.

 

 

Fonte:

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Laboratório LABELO – Instituto de Toxicologia.
GAZETA DO POVO, 1 de abril de 2001.
Lei 9.503 de 23/09/1997 – CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO.
MANUAL DO MOTORISTA. Programa de Educação no Trânsito, DETRAN/PR, Curitiba 1994.
SENAI, Rio de Janeiro. Departamento Nacional, Divisão de ensino e treinamento. Direção Defensiva: treinamento de motoristas, 1984.
GOODMAN e GILMAN, A . As bases farmacológicas da terapêutica. 9ª edição. Mcgraw-Hill, Rio de Janeiro, 1996.
KAPLAN, Harold I. e SADOCK, Benjamin J. Compêndio de psiquiatria dinâmica. 3ª edição, Editora Artes Médicas, Porto Alegre, 1984.
A Educação para o Trânsito. Eliane David, Curitiba, março de 2006.